ORIGEM
Os museus tiveram origem pelo hábito de colecionar objetos, com valores afetivo, cultural ou material. Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre instituições vagamente semelhantes ao museu moderno funcionando. Entretanto, somente no século XVII se consolidou o museu mais ou menos como atualmente o conhecemos.
Fundadoem 1753, o Museu Britânico é o mais antigo do mundo.
HISTÓRIA
No Paleolítico os homens primitivos já reuniam vários tipos de artefatos, como o provam achados em tumbas. Porém, um sentido mais próximo do conceito moderno de museu é encontrado somente no segundo milênio a.C., quando na Mesopotâmia se passou a copiar inscrições mais antigas para a educação dos jovens. Mais adiante, em Ur, os reis Nabucodonosor e Nabonidose dedicaram à coleção de antiguidades, e outra coleção era mantida pelos sacerdotes anexa à escola do templo, e onde cada obra era identificada com uma cartela, semelhante ao sistema expositivo atual. Na Grécia Antiga o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia. Ao longo da Idade Média a noção de museu quase desapareceu, mas o colecionismocontinuou vivo.
Gravura do Paleolítico
Templo de Hera
Entre os séculos XVI e XVII, com a expansão do conhecimento do mundo propiciado pelas grandes navegações, se formaram na Europa inúmeros gabinetes de curiosidades, coleções altamente heterogêneas e assistemáticas de peças das mais variadas naturezas e procedências, incluindo fósseis, esqueletos, animais empalhados, minerais, curiosidades, aberrações da natureza, miniaturas, objetos exóticos de países distantes, obras de arte, máquinas e inventos, e toda a sorte de objetos raros e maravilhosos. Tais gabinetes tiveram um papel importante na evolução da história e da filosofia natural especialmente ao longo do século XVII. Na mesma época proliferaram as galerias palacianas, dedicadas à exposição de esculturas e pinturas. Mas tanto os gabinetes como as galerias ainda estavam essencialmente dentro dos círculos privados, inacessíveis à população em geral.
O século XIX foi o período da ‘invenção’ do museu como hoje o conhecemos. As principais mudanças ocorridas foram a adoção de procedimentos científicos pelos museus, a especialização de seu pessoal, a segmentação por áreas de conhecimento e a valorização das relações do museu com o público. A virada para o século XX acentuou ainda mais as mudanças. Os museus crescem em número e diversidade e as reflexões sobre seu estatuto e papel social, aos poucos, ganham importância. Novas idéias brotam nos países europeus, notadamente na França e na Inglaterra e as discussões sobre os museus ganham uma grande dinâmica.
A EVOLUÇÃO
A partir da década de 1970, com destaque para a contribuição das discussões travadas na Mesa Redonda de Santiago do Chile em 1972, duas vertentes começam a delinear-se neste campo disciplinar: o tratamento tradicional do tema e a chamada ‘nova museologia’. A primeira vertente permaneceria a desenvolveros métodos tradicionais de interpretação museológica, geralmente voltada à leitura de determinado acervo circunscrita ao interior do edifício que o contém.
MAC - Niterói. Oscar Niemeyer.
Guggenheim Bilbao–Espanha. De Frank Gehry
Asegunda vertente, procuraria relacionar o artefato ao contexto que o produz e transforma. A interpretação museológicaultrapassaria, então, as paredes do edifício-museu em busca da participação da comunidade, permitindo a atribuição de múltiplos sentidos aos artefatos contemplados. Essa nova abordagem permitiria o surgimento de novas tipologias de museus e de novas interpretações para os objetos e/ou contextos.
Museu da LinguaPortuguesa –SãoPaulo.
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