quinta-feira, 18 de agosto de 2011

RIVERSIDE MUSEUM

RIVERSIDE MUSEUM

As ondas expressivas de Zaha Hadid chegam a Glasgow, com o projeto de zinco e vidro feito pela superestrelada arquiteta iraquiana para o Riverside Museum, um espaço que conta a história dos transportes na cidade escocesa. Ao todo, são 11 mil m² de construção, 7 mil deles só para exposição. Situada na confluência dos rios Kelvin e Clyde, a obra pretende funcionar como um túnel de transição simbólico entre a cidade e a água. A área central do prédio de dois andares é livre de colunas, ganhando movimento graças às curvas sinuosas bem ao gosto de Hadid, autora do Maxxi, em Roma, e da Guangzhou Opera House, na China. Ali serão expostos os cerca de 3 mil itens do acervo, que vão de carros e pequenos caminhões a um navio - ancorado do lado de fora do edifício, que fique claro.

Dispondo de um museu de transportes com mais de 3.000 exposições, o edifício tem uma fachada de 36 metros de altura, quase totalmente de vidro, com vista para o Rio Clyde. O Museu Riverside é derivado do seu contexto. O desenvolvimento histórico do rio Clyde e da cidade de Glasgow é um legado único. Localizado onde o rio Kelvin se junta ao rio Clyde, os fluxos de design do museu estão em torno da cidade para o rio, e simbolizam uma relação dinâmica onde o museu é a voz de ambos, que liga a cidade ao rio e também a transição de um para o outro. O museu situa-se no contexto de suas origens, com seu projeto de conectividade, encorajando ativamente entre as exposições e o ambiente em geral.

Nas áreas externas das pregas formadas pelo desenho foram posicionadas as salas de apoio para o funcionamento do museu. As duas pontas do túnel são fechadas por vidro, com o avanço do telhado ondulado para sombreamento. Aberturas no teto e nas paredes permitem a entrada de luz natural e promovem a comunicação entre interior e exterior. Para proteger os objetos da mostra, há controle da luz solar, chegando ao blecaute total, se necessário. O café, instalado numa das extremidades, beneficia-se da transparência, permitindo a vista de ambos os rios. Assim, a cidade de Glasgow ganha uma atração completa, em que a arquitetura é um ponto imperdível para moradores e visitantes.

ALUNAS: LUMA HOLANDA E THAISE JULIÃO 





Museu Oscar Niemeyer

HISTÓRICO DE CRIAÇÃO
Nasce um dos maiores Museus da América Latina
Mais de 17 mil metros quadrados são destinados à exposições

A história do Museu Oscar Niemeyer teve início em 2002, quando o prédio principal deixou de ser sede de secretarias de Estado para se transformar em museu. O prédio, antes chamado de Edifício Presidente Humberto Castelo Branco, passou por adaptações e ganhou um anexo, popularmente chamado de Olho. Ambos os projetos são de autoria do reconhecido arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. Inicialmente batizado de NovoMuseu, em 22 de novembro de 2002, o complexo foi inaugurado. Dedicado à exposição de Artes Visuais, Arquitetura e Design, atualmente, o Museu possui 17.744,64 mil metros quadrados de área expositiva potencial.

PLANTA DE SITUAÇÃO
PRÉDIO PRINCIPAL:
- Área total: 26.230,90 m2
- Área total com potencial
expositivo: 16.644,00 m2
- Altura: 9,85 m

OLHO:
- Área total: 4.125,37 m2
- Área expositiva Salão Principal:
1.708,14 m2
- Área expositiva Torre da
Fotografia (três salas): 264,78 m2
(cada sala possui 88,26 m2 X 3)
- Altura Olho: 30 m



CONCEITO
Um exemplo de como a arte expressa na arquitetura fez com que espaços construídos em épocas distintas pudessem conviver em perfeita harmonia e comunhão. Rampas em curvas, na área externa, e um túnel acessado pelo subsolo do edifício principal - faz o elo entre o passado e o presente, o Moderno e o Contemporâneo. O resultado é lúdico. O grande olho de concreto e virdro, ao mesmo tempo em que debruça seu olhar de dupla face para a cidade também observa a si mesmo, refletindo o passado. Um olhar que parece flutuar do prédio que deu origem ao museu.
PRÉDIO PRINCIPAL
OLHO
"As coisas podem ser bonitas, elegantes, suntuosas, graciosas, atraentes, mas enquanto não falam à imaginação não são belas." Ralph Emerson

"Quem não consegue compreender um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação." Mário Quintana

ALUNA: REBECCA DESCHAMPS 





Museu Iberê Camargo

MUSEU IBERÊ CAMARGO
O Museu Iberê Camargo foi projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira que nasceu em 1933, na cidade de Matosinhos, em Portugal. O arquiteto está continuamente buscando o novo - fervescência que pode ser constatada a partir dos muitos esboços e croquis que realiza. O  museu  Iberê Camargo começou a ser construído em 2003 localizado na Avenida Padre Cacique. , na cidade de Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul), com 8.250 m² de área, seu terreno é irregular de forma alongada.

Selecionado para projetar o Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, Álvaro Siza demonstrou toda sua vitalidade criativa: o projeto foi condecorado com o Leão de Ouro na 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, um dos mais importantes eventos do ramo.  Alguns elementos foram cuidadosamente explorados no projeto: 
§ Luz  § Textura  § Movimento  § Espaço  § 



INTERIOR DA EDIFICAÇÃO:



CONCEITO
No começo o conceito do partido se dava a partir de um elemento vertical contendo circulação (elevador), como no elevador Lacerda na Bahia, ou uma metáfora de um rosto humano, sem maiores explicações, ou uma composição de elementos empilhados com uma “tampinha” no coroamento, ou ainda várias alternativas onde o elevador aparece e desaparece alternadamente, é curioso o conceito finalmente adotado.

A obra é dividida em três volumes edificados – duas edificações térreas e uma principal com três pavimentos, todas em concreto armado com cimento branco aparente. No início este volume era predominantemente de paredes retas e ortogonais, evoluindo posteriormente para uma solução orgânica inspirada nas curvas das escarpas, tendo ao norte uma parede ondulada. 

POEMA
AS ONDAS

Ondas que parecem abraços
Calorosos, afetuosos, apertados...
Em verdade
As ondas de Noronha
Não são ondas, são abraços...
Que lavam a alma
De homens, arraias e barcos.
Bruno Bezerra


ALUNAS: ELINE FROTA E MARCELA CRAVEIRO




MuBE – Museu Brasileiro da Escultura



MUSEU
Um museu é, na definição do International Council of Museums (ICOM, 2001), "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade" 



PAULO MENDES DA ROCHA
Paulo Archias Mendes da Rocha é um arquiteto e urbanista brasileiro. Pertencente à geração de arquitetos modernistas liderada por João Batista Vilanova Artigas, Mendes da Rocha assumiu nas últimas décadas uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo sido galardoado no ano de 2006 com o Prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial. É autor de projetos polêmicos e que constantemente dividem a crítica especializada, como o do Museu Brasileiro da Escultura e do pórtico localizado na Praça do Patriarca, ambos em São Paulo. É nesta cidade também que o arquiteto passou a maior parte da vida.

FICHA TÉCNICA 







Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha
Paisagista: Roberto Burle Marx
Local: Av. Europa, esquina com a R. Alemanha. São Paulo.
Data do projeto: 1986
Período de construção: 1987 – 1995
Área do terreno: 6935.91
Área total construída: 3.478.80







CONCEITO
“... um horizontal perfeito é um valor arquitetônico e técnico incomensurável que pouco se dá atenção. Não existe nada horizontal no universo, na face do planeta.”
Paulo Mendes da Rocha, 2002
O MuBE foi inicialmente imaginado como um museu de escultura e ecologia. Assim, decidiu-se que seu destino seria abrigar uma “notícia de passagem”: espelhos d’água, um grande arvoredo, bromélias e flores nativas – projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Apesar de ter sido realizado apenas como museu da escultura, ele não deixou de ser imaginado como um jardim, como uma sombra e um teatro ao ar livre, rebaixado no recinto. A edificação principal não é aparente a céu aberto, a não ser por um alpendre, grande prisma reto, lugar de abrigo simbólico sobre o jardim, ponto de referência e parâmetro de escala entre as esculturas e o observador.

MuBE
Para não se tornar uma construção convencional com recuos laterais, frente e fundos e analisando as condições topográficas do terreno, o Arquiteto definiu um Museu semi-subterrâneo aproveitando o desnível. Essa solução auxilia a acústica e térmica da área enterrada. A solução para a proteção da área externa foi uma grande e perfeita horizontal, perpendicular a avenida Europa. A altura tem referências á escala das esculturas e escala humana de 2,30m. 
Não emerge no sítio como uma caixa fechada. A viga não é o edifício; as fachadas desdobram-se em múltiplos planos - não há elevação principal, lateral, frontal. O território é definido por uma elaboração de superfícies em sucessão ou interrompidas.
O Museu desenvolve extensa e diversificada programação cultural, com exposições, cursos, seminários e palestras, recitais de piano. 
O MuBE realiza, em média, vinte e cinco exposições/ano, abrindo espaço para jovens artistas, além de apresentar mostras de artistas renomados, nacionais e internacionais.
O Museu recebe, aproximadamente, 80.000 visitantes por ano. A entrada é franca, em todas as exposições, que contam com visitas monitoradas para crianças, estudantes, grupos de terceira idade e público em geral. 

PLANTA:
CORTE:

MuBE





“... um horizontal perfeito é um valor arquitetônico e técnico incomensurável que pouco se dá atenção. Não existe nada horizontal no universo, na face do planeta.”
Paulo Mendes da Rocha, 2002






"Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.“
Clarice Lispector


ALUNAS: VANESSA PARENTE E GLENDA COUTINHO



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MUSEUS NA ATUALIDADE

ORIGEM
Os museus tiveram origem pelo hábito de colecionar objetos, com valores afetivo, cultural ou material. Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre instituições vagamente semelhantes ao museu moderno funcionando. Entretanto, somente no século XVII se consolidou o museu mais ou menos como atualmente o conhecemos.
Fundadoem 1753, o Museu Britânico é o mais antigo do mundo.

HISTÓRIA
No Paleolítico os homens primitivos já reuniam vários tipos de artefatos, como o provam achados em tumbas. Porém, um sentido mais próximo do conceito moderno de museu é encontrado somente no segundo milênio a.C., quando na Mesopotâmia se passou a copiar inscrições mais antigas para a educação dos jovens. Mais adiante, em Ur, os reis Nabucodonosor e Nabonidose dedicaram à coleção de antiguidades, e outra coleção era mantida pelos sacerdotes anexa à escola do templo, e onde cada obra era identificada com uma cartela, semelhante ao sistema expositivo atual. Na Grécia Antiga o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia. Ao longo da Idade Média a noção de museu quase desapareceu, mas o colecionismocontinuou vivo.
Gravura do Paleolítico

Templo de Hera

Entre os séculos XVI e XVII, com a expansão do conhecimento do mundo propiciado pelas grandes navegações, se formaram na Europa inúmeros gabinetes de curiosidades, coleções altamente heterogêneas e assistemáticas de peças das mais variadas naturezas e procedências, incluindo fósseis, esqueletos, animais empalhados, minerais, curiosidades, aberrações da natureza, miniaturas, objetos exóticos de países distantes, obras de arte, máquinas e inventos, e toda a sorte de objetos raros e maravilhosos. Tais gabinetes tiveram um papel importante na evolução da história e da filosofia natural especialmente ao longo do século XVII. Na mesma época proliferaram as galerias palacianas, dedicadas à exposição de esculturas e pinturas. Mas tanto os gabinetes como as galerias ainda estavam essencialmente dentro dos círculos privados, inacessíveis à população em geral.
O século XIX foi o período da ‘invenção’ do museu como hoje o conhecemos. As principais mudanças ocorridas foram a adoção de procedimentos científicos pelos museus, a especialização de seu pessoal, a segmentação por áreas de conhecimento e a valorização das relações do museu com o público. A virada para o século XX acentuou ainda mais as mudanças. Os museus crescem em número e diversidade e as reflexões sobre seu estatuto e papel social, aos poucos, ganham importância. Novas idéias brotam nos países europeus, notadamente na França e na Inglaterra e as discussões sobre os museus ganham uma grande dinâmica.

A EVOLUÇÃO
A partir da década de 1970, com destaque para a contribuição das discussões travadas na Mesa Redonda de Santiago do Chile em 1972, duas vertentes começam a delinear-se neste campo disciplinar: o tratamento tradicional do tema e a chamada ‘nova museologia’. A primeira vertente permaneceria a desenvolveros métodos tradicionais de interpretação museológica, geralmente voltada à leitura de determinado acervo circunscrita ao interior do edifício que o contém.
MAC - Niterói. Oscar Niemeyer.

Guggenheim Bilbao–Espanha. De Frank Gehry

Asegunda vertente, procuraria relacionar o artefato ao contexto que o produz e transforma. A interpretação museológicaultrapassaria, então, as paredes do edifício-museu em busca da participação da comunidade, permitindo a atribuição de múltiplos sentidos aos artefatos contemplados. Essa nova abordagem permitiria o surgimento de novas tipologias de museus e de novas interpretações para os objetos e/ou contextos.
Museu da LinguaPortuguesa –SãoPaulo.



Museu de Arte de Milwaukee

O ANJO QUE NOS PROTEGE
Instalado originalmente em uma edifício desenhado por Eero Saarinen e David Kahler, o Museu de Arte de Milwaukee, nos EUA, recebeu em 2001 um novo pavilhão com mais de 10 mil m2 projetado pelo engenheiro-arquiteto Santiago Calatrava.


ELEMENTO ARQUITETÔNICO
O mais interessante do projeto é a grande asa instalada sobre o edifício, que funciona como um brise-soleil para controle da incidência de luz e calor sobre o hall de entrada do prédio. Móvel, sustentada por finos tendões de aço, a peça mede cerca de 60 m de comprimento em seu ponto mais largo e pesa cerca de 90 toneladas.


LOGOMARCA
Assim, considerando a velocidade dos ventos locais, os problemas de operação da asa e as limitações de orçamento, a equipe de Calatrava optou pela estrutura de aço e grandes panos de vidro. Essa peça, como as asas de um anjo, protege a entrada principal do museu, constituída por um atrio em formato parabolóide com cerca de 30 m de altura. A "escultura" resultante transformou-se 
em logomarca 
do museu e um 
dos principais 
ícones da 
própria cidade.





GRANDIOSIDADE



IDENTIDADE
A presença de Calatrava no projeto é também facilmente notada na passarela de pedestres que conecta a entrada do museu à faixa que 
margeia o lago e ao 
centro da cidade. 
Com cerca de 90 m de 
é sustentada por tirantes 
comprimento, a estrutura 
ligados a um mastro 
inclinado, com 70 m.






ANJO
Acredita em anjo?
Pois é, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém
Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando tiver cansada
Cantar pra você dormir
Te colocar sobre as minhas asas
Te apresentar as estrelas do meu céu
Passar em Saturno e 
roubar o seu mais lindo anel


Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja
Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALUNOS: CELSO FREIRE E LUCAS BRAQUEHAIS